varejo | MAIS DADOS DIGITAL

📱 A tecnologia tem desempenhado um papel fundamental na transformação e no sucesso das empresas varejistas nos últimos anos. Com a rápida evolução da era digital, as organizações que adotam e integram soluções tecnológicas avançadas em seus processos estão conquistando vantagens competitivas significativas. Neste cenário, é fundamental compreender a importância da tecnologia para o setor varejista e como ela pode impulsionar o crescimento e a eficiência operacional.

🔄 Um dos principais benefícios da tecnologia nos processos varejistas é a AUTOMAÇÃO.

✅ Através da automação de tarefas rotineiras, como o controle de estoque, o processamento de pagamentos e o gerenciamento de pedidos, as empresas podem economizar tempo e recursos preciosos.

✅ A automação reduz a possibilidade de erros humanos e aumenta a precisão das operações, resultando em uma melhoria geral na qualidade do atendimento ao cliente.

📊 A tecnologia oferece ferramentas poderosas para a COLETA E ANÁLISE DE DADOS.

✅ As empresas varejistas podem utilizar sistemas de gestão e análise de dados para obter insights valiosos sobre o comportamento do consumidor, tendências de mercado, demanda por produtos e eficácia de campanhas de marketing.

✅ Com essas informações em mãos, as organizações podem tomar decisões mais embasadas e estratégicas, direcionando seus esforços de forma mais eficiente e personalizada.

📲 Um aspecto importante no auxílio da tecnologia para o varejo é a melhoria da EXPERIÊNCIA DO CLIENTE.

✅ A tecnologia permite que as empresas varejistas ofereçam opções de compra convenientes, como o comércio eletrônico, os aplicativos móveis e os terminais de autoatendimento nas lojas físicas.

✅ Essas soluções facilitam a vida do consumidor, permitindo que ele compre a qualquer hora e de qualquer lugar, além de proporcionar uma experiência personalizada e integrada em todos os canais de venda.

📢 A tecnologia também possibilita uma COMUNICAÇÃO mais eficaz e engajadora com os clientes.

✅ As redes sociais, por exemplo, desempenham um papel vital na criação de uma presença online para as empresas varejistas, permitindo que elas se conectem diretamente com seus clientes, promovam seus produtos e serviços, e construam relacionamentos duradouros.

✅ Além disso, a inteligência artificial e os chatbots têm sido cada vez mais utilizados para melhorar o suporte ao cliente, fornecendo respostas rápidas e personalizadas, mesmo fora do horário comercial.

📦 A tecnologia também auxilia na OTIMIZAÇÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS.

✅ Sistemas avançados de gestão de estoque e logística podem reduzir os custos operacionais, minimizar desperdícios e aprimorar a eficiência dos processos.

✅ Com melhor visibilidade dos processos e um maior controle sobre a cadeia de suprimentos, as empresas varejistas podem agilizar as operações, responder mais rapidamente às demandas do mercado e garantir uma entrega rápida e confiável dos produtos aos clientes.

🤖 O varejo vem mostrando que está cada vez mais pronto para receber as novidades tecnológicas. Durante o Congresso de Gestão da APAS SHOW 2023, foi falado sobre a adesão às novas tecnologias e se de fato trazia o resultado esperado.

📊 A análise de dados ainda é um dos grandes “calcanhares de Aquiles” do varejo. Com a chegada do ChatGPT ao setor supermercadista, a tendência é que essa barreira seja dissolvida.

Foi apresentado durante a Apas Show 2023, uma integração que permitirá que varejistas, atacadistas e distribuidores de toda cadeia tenham suporte de IA para análise de dados. Com essa inovação, a análise de dados que já trazia eficiência, ficará mais poderosa ao gerar, com mais rapidez, gráficos e insights valiosos que auxiliam os executivos na tomada de decisões.

Fonte: Mundo do Marketing

🛒➕ 🏬 A união do mundo digital com o mundo físico é uma relação “ganha-ganha”, ou seja, pode trazer vantagens tanto para o varejista quanto para o consumidor, confira algumas delas:

MELHOR EXPERIÊNCIA COM O CLIENTE: Com a integração dos canais online e offline, o cliente pode ter uma experiência de compra mais completa e personalizada, seja por meio da possibilidade de retirar um produto comprado online na loja física, ou por meio de ofertas personalizadas de acordo com o histórico de compras;

AUMENTO DA VENDAS: Ao oferecer mais opções de compra, o varejista tem a oportunidade de aumentar as vendas. Além disso, a integração pode ajudar a reduzir o abandono do carrinho de compras online, ao oferecer a possibilidade de finalizar a compra em uma loja física;

MELHOR GERENCIAMENTO DE ESTOQUE: A união dos canais online e offline permite uma melhor gestão do estoque, evitando problemas de excesso ou falta de produtos;

OTIMIZAÇÃO DA LOGÍSTICA: Com a possibilidade de retirada de produtos em loja física, a logística é otimizada, reduzindo o tempo e o custo de entrega. Além disso, a união dos canais pode possibilitar entregas mais rápidas, ao utilizar as lojas físicas como centros de distribuição;

COLETA DE DADOS: A união dos canais online e offline permite a coleta de dados integrada, possibilitando uma análise mais completa do comportamento do cliente e das vendas;

MAIOR ALCANCE DE PÚBLICO: A união dos canais permite atingir diferentes públicos, seja por meio do e-commerce ou das lojas físicas. Além disso, a integração pode permitir a expansão da presença física do varejista digital para novas regiões ou países.

🛒 O Varejo Digital é uma atualização do modelo de comércio tradicional, em que o consumidor passa a ter acesso a um serviço muito mais flexível, ágil, personalizado, integrado e prático.

📲 Esse canal de venda tem auxiliado na experiência de compra do consumidor e na presença da marca no ambiente digital. O Varejo Digital está cada vez mais presente nas empresas que querem acompanhar as mudanças do mundo virtual.

De acordo com pesquisas de mercado, a maior parte dos consumidores relataram que a experiência híbrida, que é a integração entre o ambiente físico e o digital, é muito positiva, principalmente para poder realizar compras online e fazer retirada em lojas próximas.

Atualmente, a transformação digital é um dos temas mais comentados no meio empresarial. A adoção de tecnologias digitais está crescendo em todos os setores, e o varejo, não é diferente. Os lojistas estão cada vez mais, buscando adaptação às novas tecnologias para se manterem competitivos no mercado.

As novas tendências de omnichannel e adoção de nuvens estão permitindo que lojistas e consumidores se mantenham competitivos. Finalmente, a escalabilidade das tecnologias cloud está propiciando aos consumidores terem acesso aos seus produtos em todos os canais, em qualquer lugar e a qualquer momento. Dessa forma, resulta em uma melhor experiência para o usuário final.

A adoção da estratégia ‘omnichannel’ deve impactará à empresa toda para ser bem-sucedida

Apesar de ser um conceito aplicado já há bastante tempo e em larga escala pelo mercado de varejo em todo o mundo, o ‘omnichannel’ não tem sido uma experiência satisfatória tanto para o cliente, como para os varejistas. Isso porque, nos últimos anos, sua utilização tem se concentrado na busca por soluções isoladas e sem integração, o que gera dificuldade para simular e até mesmo avaliar uma experiência de fato ‘omni’.

Hoje, há um novo burburinho em torno do ‘omnichannel’ e a ênfase está em torná-lo parte de toda a empresa, em vez de remendá-lo, oferecendo uma verdadeira experiência multicanal aos clientes para atendê-los cada vez melhor. Caso este seja o momento que sua empresa está vivendo, seguem alguns passos que ajudarão a tornar sua organização ‘ominichannel’:

1 – Defina o que o ‘omnichannel’ significa para sua marca

A definição de ‘omnichannel’ varia de varejista para varejista. Para alguns, é uma questão de trocar uma caixa registradora tradicional por um PDV Móvel, para outros, trata-se de enfrentar a Amazon com opções modernas de atendimento, ou ainda como comprar na loja online, comprar online na loja, retirar na loja mais próxima, e assim por diante.

Nesse ponto, é importante ter uma compreensão profunda de seus clientes – conhecer seu perfil, comportamento, preferências e motivações. Também é preciso avaliar se eles se importam com a conveniência dos pagamentos em dinheiro ou se a velocidade de entrega é a maior demanda.

Reunir várias soluções para esses desafios é caro e muitas vezes não eficaz. Muitas vezes, os sistemas de silos não estão conectados e não podem se comunicar, o que é um grande obstáculo para o sucesso do negócio.

É por isso que, quando se trata de definir o ‘omnichannel’ como uma iniciativa organizacional, há três áreas que são as principais componentes do varejo multicanal a serem consideradas: cliente, transação e estoque, que defino melhor a seguir:

Cliente: identifique seu cliente ‘omnichannel’ e garanta que seu caminho para a compra não seja mais linear. Em 2022, os smartphones terão um papel em 90% de todas as vendas influenciadas digitalmente. É cada vez mais importante ver seus clientes com uma lente móvel e servi-los perfeitamente em todos os canais e lojas.

Transação: torne simples e fácil para o seu cliente comprar e retornar a qualquer lugar. Muito disso pode ser realizado com o check-out móvel, um fluxo de trabalho direcionado e simplificado.

Estoque: possibilite uma visão completa e precisa do estoque para que o cliente nunca saia de mãos vazias. Com a visibilidade do inventário em tempo real em todos os locais da empresa, as equipes da sua loja podem satisfazer a demanda do cliente sempre, seja na loja física ou online.

2 – Reúna uma equipe multifuncional desde o início

Para implementar uma estratégia coesa de ‘omnichannel’, você precisa de uma estratégia multidisciplinar, ou seja, reunir as pessoas certas: equipes de TI, operação de loja, comércio eletrônico, digital, finanças e marketing. Um erro comum durante o gerenciamento de mudanças ‘omnichannel’ é não envolver todas as áreas do negócio ao redor do projeto desde o início.

Dado o escopo e a escala da implementação do conceito, é importante estabelecer um plano claro no qual todos os envolvidos possam participar. A mudança é difícil, mas com o modelo a seguir você pode transformar a disposição das diferentes áreas da sua organização em aceitá-la:

3 – Construa uma rede de parceiros para executar sua estratégia

‘Omnichannel’ não é de tamanho único. Suas circunstâncias provavelmente são exclusivas para você e para o cenário de seus sistemas atuais, e talvez seja necessário criar uma rede de parceiros que melhor ajudará a alcançar seus principais KPI’s. Para isso, algumas perguntas importantes devem ser feitas:

Levar esses pontos em consideração certamente vai colocá-lo em sintonia com o futuro do varejo e impulsioná-lo à frente da concorrência.


Fonte: IT Fórum 365

Entre os principais setores que movem a economia dos países em todo o mundo, o varejo é sem dúvida o mais dinâmico. Por focar em um público extremamente antenado e com demandas bastante específicas, o cliente final, as empresas de varejo têm de se reinventar constantemente para garantir a satisfação dos consumidores, ao mesmo tempo em que precisam assegurar a continuidade aos negócios.

No Big Show NRF Retail 2019, evento focado em varejo do mundo, realizado todos os anos em Nova Iorque (EUA), foram apresentadas diversas tendências que devem guiar as empresas varejistas, em especial na relação Negócios, Consumidores e Inovação.

Elenco aqui alguns dos principais pontos destacados no evento, que devem ter grande impacto no varejo:

1. A loja física não morreu: E está com força total para ajudar as empresas a reforçarem seus market shares. A mudança está no formato. No evento, a estratégia que grandes varejistas, como exemplos do Carrefour e do Wallmart, têm adotado, de pequenas lojas de bairro cheias de tecnologia, como reconhecimento fácil, pagamentos remotos (NFC – Near Field Communication), uso de predições analíticas (Analytics) etc., tem se mostrado eficiente, tanto para vendas diretas como para servirem de vitrine para o e-Commerce.

2. Mais tecnologia e lojas sem filas: A tecnologia de pagamento remoto Near Field Communication (NFC) foi um dos grandes destaques do NFR, por mudar a realidade das compras ao eliminar as filas de caixa. Gigantes do varejo, com a Amazon, já estão investindo para popularizar o NFC e torná-lo mais eficiente. Outros recursos, como bots de atendimento e uso de dados, também estão ganhando o mercado, a fim de agilizar os processos de vendas, refletindo em mais comodidade para os consumidores. Afinal de contas, time is Money!

3. O todo-poderoso Omnichannel: Seja nas redes sociais, por e-mail ou telefone, os consumidores querem ser ouvidos e exigem respostas rápidas e assertivas. No meio desse turbilhão, as empresas varejistas têm de se virar para atenderem todas as demandas em tempo hábil, e as tecnologias, como o Costumer Relationship Management), estão se tornando essenciais para dar conta dos atendimentos nas mais diversas plataformas.

4. Serviço padrão, atendimento exclusivo: Não é novidade que o cliente deseja se sentir único, especial e desejado. O desafio é garantir que toda forma de atendimento cumpra esses requisitos. No NRF 2019, a experiência do consumidor na era da Transformação Digital foi amplamente discutida, e ficou claro que as novas tecnologias, como Big Data e Analytics, somadas a softwares de reconhecimento facial e de CRM, terão papel importante para tornar o consumidor o centro das atenções.

Mas antes de sair investindo nas últimas novidades para varejo, é preciso planejar e instruir muito bem os colaboradores e fornecedores em relação à utilização desses recursos. De outra forma, serão apenas mais um gasto, ou pior, um risco para os negócios, já que quando mal aplicadas, as novas tecnologias podem criar brechas de segurança capazes de expor dados dos clientes, da empresa e até dos colaboradores, por exemplo.

Diante desse cenário, o mais indicado é contar com um parceiro que tenha expertise para ajudar na transformação do seu negócio. Não perca mais tempo, e corra em direção ao futuro.


Fonte: Computer World

Muito se fala em inovação digital, há uma corrida desenfreada por partes de algumas empresas para recuperar o tempo perdido. Eu falo algumas empresas, por que, por incrível que pareça, tem empresas que ainda enxergam tecnologia como despesa e preferem continuar colocando suas forças nos modelos tradicionais de negócios e de vendas.

Além destas, existem empresas que enxergaram o movimento que está acontecendo e conseguem perceber que a tecnologia está mudando a forma como produtos são vendidos. Porém, estas empresas estão totalmente perdidas, querem participar mas não tem a menor ideia de como entrar neste movimento tecnológico.

A situação é crítica, pois o máximo que diretores, gestores e donos de empresa entenderam é que precisam ter um setor de Inovação Digital dentro da empresa, então contratam algumas pessoas ou remanejam alguns colaboradores, colocam em uma sala com uma placa INOVAÇÃO DIGITAL e pronto, acham que já estão alinhados com o novos tempos.

Os diretores ficam tão aliviados com a criação deste novo setor que o esquecem e voltam a fazer mais do mesmo, indignados e sem entenderem por que não conseguem atingir metas e por que a concorrência que antes era irrelevante começa a incomodar.

Este artigo foi baseado no excelente texto do Alberto Serrentino e Eduardo Terra e reflete a visão sobre a transformação digital no varejo. Vou tentar dar uma visão mais clara sobre inovação, por isso, adaptei o texto com minha opinião direcionando-a para os profissionais de TI.

A primeira coisa que precisamos entender é que clientes não se relacionam mais com canais de vendas, mas com marcas, eles transitam entre os canais físico e digital à medida em que comparam opções disponíveis e decidem onde e como comprar.

O varejo precisa ficar atento às mudanças de comportamento dos consumidores, pois é analisando os pequenos momentos de desejos, necessidades e demandas que o varejo vai construir um modelo de negócio integrado, onde é possível conhecer e entender os clientes, dominar processos, gestão de produtos e informação.

Inovação digital não é simplesmente “Marketing Digital” ou “Redes Sociais”, é uma transformação organizacional e cultural.

Inovação digital não ocorre pela implantação de tecnologias, mas pela mudança da maneira como as pessoas entendem:

Inovação digital acontece com o desenvolvimento de cultura digital. A mudança cultural deve ser uma diretriz estratégica, alinhada entre conselho e direção e descer para toda estrutura organizacional (top down). É preciso repensar o atual modelo de gestão para que haja engajamento dos colaboradores e stakeholders.

Um processo de venda não tem nada a ver com o que a direção pensa, o processo precisa ser focado nos consumidores e em como gerar mais valor para eles.

Sendo assim, inovação digital não é simplesmente um projeto, mas um aperfeiçoamento permanentemente de processos e do modelo de negócios. O progressivo amadurecimento e as boas práticas permitem consolidar fatores críticos de sucesso, que seguem abaixo:

Infraestrutura de tecnologia para inovação digital
Os diretores comerciais não vão gostar, mas tenho que dizer: muitos clientes não querem ir na sua loja, eles não se importam com o seu prédio, fachada, localização, mostruário, belos vendedores bem treinados, etc. No mundo digital, o cliente quer comprar de onde ele estiver e não quer problemas na sua experiência de compra.

Então a empresa vai precisar estar presente em todos os canais, além disso, para oferecer aos clientes esta “boa” experiência de compra o varejo precisa “enxergar” seus estoques em tempo real e em diferentes filiais e canais, precisa também reconhecer e monitorar o mesmo cliente em diferentes pontos de contato. A chamada “omnicanalidade” demanda uma forte infraestrutura de tecnologia e dados.

Resumindo você, é preciso “investir” e os investimentos em armazenagem de dados, segurança da informação, comunicação de dados entre outras iniciativas não é pequeno, mas é um elemento determinante no sucesso da transformação digital para as empresas de varejo.

Eu vejo diretores, gerente e donos de lojas olharem este cenário apavorados com os gastos enormes que vão ter que fazer em tecnologia. É compreensível, mas é preciso uma nova visão sobre este tema.

Sabe aquela porcentagem que é para investimentos, aquela ampliação de loja ou a compra de novas lojas? A empresa vai simplesmente pegar este valor e “investir” em tecnologia, pois é isso que a concorrência está fazendo.

Mobilidade
O mundo está passando por uma revolução digital impulsionada por smartphones e sua presença cada vez maior no dia a dia das pessoas.

Números do Ministério das Comunicações mostram que 55% dos brasileiros com mais de 10 anos de idade (ou 96,4 milhões de pessoas) têm acesso à internet, contra 65,9 milhões no início da década.

Tão importante quanto o acesso é a intensidade e forma de uso: um estudo do Google aponta que cada pessoa busca informações em seus celulares cerca de 150 vezes por dia. Para muitos, o celular é a primeira tela, a principal forma de interação com o mundo.

Se o celular é tão presente no dia a dia, não surpreende que as principais empresas do mundo sejam companhias de negócios digitais, como Apple, Google, Amazon, Uber entre outras.

O eixo central da inovação digital está na mobilidade. É em aparelhos móveis que consumidores passam mais tempo conectados, transitam entre canais, se relacionam, se informam e que processarão a maioria de suas compras digitais (o que já acontece nos EUA, Reino Unido e China).

Aplicativos e sites móveis serão a base de comunicação, relacionamento e interação entre marcas e consumidores, dentro e fora das lojas.

O maior exemplo é o da Apple Store, no qual a plataforma Isaac permite aos vendedores gerenciar filas, consultar estoques, separar produtos, escanear itens, processar vendas, trocas e reparos, recomendar produtos complementares, vender serviços, receber meios de pagamento ou vender em outro canal.

A importância dos dados
O mundo digital desafia as empresas a basearem seus processos decisórios em dados e análises, esta mudança é cultural e demandará novas competências e habilidades. Na sede do Google, uma frase bastante citada e mencionada em reuniões diz que “os dados vencem a opinião” (data beats opinion). Por trás desta frase existe um conceito essencial para o sucesso da inovação digital: o uso de dados em todos os processos de tomada de decisão nas empresas de varejo.

Decisões sobre preço, promoções, sortimento, compras, expansão, serão cada vez mais baseadas em dados. O uso de dados exige que os mesmos sejam transformados em informação que geram decisões que por sua vez geram resultados.

Há entretanto uma barreira nas empresas de varejo: a falta de uma cultura digital. Muitas decisões são baseadas em intuição, em opiniões o que atrasa e dificulta a inovação digital. Vale lembrar que startups e as empresas “nativas digitais” não sofrem deste mal e crescem com decisões mais rápidas e precisas.

Decisões baseadas somente nas opinião e experiência dos velhos diretores é praticamente um tiro no pé. É importante investir em tecnologia e bons profissionais para ter uma grande quantidade de dados para auxiliar na tomada de decisões.

Agilidade e colaboração
Projetos e iniciativas devem ser constantes, rápidos, usando prototipagem para ganhar velocidade. No mundo digital, velocidade é mais importante que perfeição, é preciso estimular o erro correto e a capacidade de testar conceitos com velocidade e baixo risco para a empresa.

É muito difícil aprender tudo sozinho no ambiente digital, a velocidade e pulverização da inovação força as empresas a se abrirem e compartilharem, isto inclui contratar novos profissionais capacitados e aproximar-se de startups, que podem acelerar e simplificar a resolução de problemas que a burocracia das empresas estabelecidas torna mais complexos

Tecnologias para ficar de olho
Internet das coisas (IoT), realidade virtual, realidade aumentada, inteligência artificial e machine learning desafiam o varejo a entender estas tecnologias e aplicá-las para aumento de produtividade e gerar valor aos clientes. Atualmente o que vem causando impacto é o “comércio conversacional” (conversational commerce), a união de dispositivos com reconhecimento de voz e inteligência artificial.

Plataformas como Alexa da Amazon, Siri da Apple, Cortana da Microsoft e Google Now do Google transformarão a maneira como as pessoas se relacionam e interagem com o mundo digital. A principal interface para acesso ao mundo digital será a voz, máquinas inteligentes conseguirão interpretar demandas e irão aprender na interação com o usuário.

Online para Offline – O2O
No inicio se imaginava que se lidaria com o fenômeno conhecido como “showrooming“, onde cada vez mais clientes usariam lojas físicas para pesquisas e conhecer produtos, mas fariam suas compras online pelo menor preço encontrado.

Isso ocorre sem dúvida, mas em dimensão menor que a prevista, de outro lado cresce o fenômeno inverso, o chamado “webrooming“, onde os clientes pesquisam produtos online mas continuam indo até as lojas físicas para efetuar e concluir suas compras.

Os dados de fluxo no varejo americano (lojas físicas) vêm caindo bastante, mas as vendas do varejo físico não caem na mesmo proporção o que prova a tese de que os clientes estão indo aos shoppings e ao varejo físico para de fato comprar os produtos e a Internet tem sido cada vez mais usada como fonte de pesquisa, entendimento e apresentação de produtos e serviços.

Esta relação do varejo físico com o varejo online tem sido chamada de O2O (online para offline). Exemplos simples de clientes pesquisando endereços de lojas físicas, telefone, horário de funcionamento, são cada vez mais comuns nesta relação entre o físico e o virtual.

O varejo físico tem usado mídias digitais e estratégias digitais para atrair público para suas lojas e o varejo online tem usado o varejo físico como solução de entrega de produtos, posto de trocas. Esta relação do físico com o digital deve crescer muito nos próximos anos e a aquisição da Wholefoods pela Amazon só reforça esta ideia.

Modelos de negócio
O mundo da tecnologia vem sendo transformado pela computação em nuvem e pela dominância de modelos de negócio baseados em serviços. O mundo do varejo precisa ter abertura para questionar seus modelos de negócio.

A Apple constituiu uma empresa de serviços (Apple Enterprise) que vende a terceiros a tecnologia que encanta consumidores em suas lojas; o operador de shopping centers Westfield foi pioneiro em transformação digital e montou empresa de serviços digitais para explorar o conhecimento acumulado; empresas como Staples e Best Buy vêm mudando a forma como seus negócios geram receita e resultados.

O Magazine Luiza se define como uma empresa digital com lojas e vislumbra um modelo de negócios de marketplace multicanal.

Cultura digital
Um frequente erro cometido por grande parte das empresas é acreditar que conseguirão implantar inovação digital apenas com iniciativas digitais e investimentos em tecnologia. Contratar uma agência de marketing digital, estar presente nas redes sociais ou desenvolver uma operação de e-commerce são passos importantes, mas eles fracassam caso não exista uma cultura digital sobre a qual essas iniciativas possam ser estruturadas e construídas.

Peter Drucker disse certa vez que “a cultura come a estratégia no café da manhã”.

Isso significa que, sem um trabalho forte e prévio de desenvolvimento de uma cultura digital, iniciativas digitais, ainda que boas, provavelmente irão fracassar.

E como se constrói uma cultura digital corporativa?

Uma competência organizacional gera valor percebido pelo cliente, provoca diferenciação em relação aos concorrentes e pode ser expandida. A cultura digital deve ser tratada como uma competência essencial para as organizações e precisa ser colocada dessa forma nos processos de contratação, nas iniciativas estratégicas e na avaliação dos executivos.

Para o desenvolvimento da cultura digital como competência organizacional, é preciso mergulhar no mundo digital.

Por isso, a empresa precisa fazer com que seus colaboradores (especialmente os executivos) adotem hábitos digitais como: usar o Uber, ficar hospedado pelo Airbnb, acessar conteúdos via YouTube, manter contas em redes sociais, todos são passos simples e pequenos, mas importantes para que as pessoas adotem uma cultura digital, mudem seus comportamentos, hábitos e, paulatinamente, viabilizem a transformação corporativa.

O grande desafio de uma mudança de cultura está no fato de que os gestores das empresas tradicionais são analógicos, e por isso não possuem um modelo mental digital. Em vez de “nativos digitais”, eles são “imigrantes digitais”, estão se adaptando a uma nova realidade.

Por outro lado, os mais jovens, os “nativos digitais”, não têm experiência de gestão, liderança e estratégia, mas dominam as ferramentas necessárias para implementar a transformação cultural.

Por isso, os gestores precisam aprender com os jovens e os jovens com os gestores.

Os ambientes de trabalho contribuem para mudança cultural. Espaços rotativos, ausência de salas, executivos integrados com seus times, escritórios com cara de campus universitário ou verdadeiras “garagens” são exemplos frequentes no Vale do Silício.

O ambiente de trabalho dos espaços de coworking e das aceleradoras reforçam esta ideia e startups defendem que é em ambientes assim que as ideias, a inovação e disrupção acontecem.

A mudança para uma cultura digital é um elemento determinante para as empresas de varejo e de muitos outros segmentos, nesse processo de ruptura e inovação que já começamos a presenciar e que, certamente, só veremos acelerar nos próximos anos.

Repensar a estrutura organizacional
A base de uma cultura digital provoca grandes discussões a respeito das novas estruturas organizacionais. Tomando o Vale do Silício como modelo, fica evidente que mesmo as grandes empresas têm migrado para estruturas organizacionais mais leves, colaborativas, flexíveis e com menos hierarquia, burocracia e reuniões intermináveis.

Pensar a transformação digital sem uma nova estrutura organizacional é querer construir um edifício novo em uma fundação antiga.

Talvez este seja um dos desafios mais complexos para as empresas de varejo, pois empresas com modelos mais modernos de gestão como Spotify, Google e as grande maioria das startups não têm um modelo único.

O fato é que as características mencionadas acima, colaboração, flexibilidade, leveza, velocidade e menos hierarquia estão presentes em todos os casos bem sucedidos de novas estruturas organizacionais.

Fica claro também que as mudanças nas empresas da chamada velha economia precisam ser feitas em etapas, mais no formato de “evolução” do que no formato de “revolução”. Isso para que a cultura e as pessoas possam absorver e entender o novo modelo.

Salvo nos casos nos quais o setor esteja sobre ameaça de ruptura por novos modelos de negócios, nos quais as empresas precisarão de transformações radicais para sobreviverem.

Transformação digital é muito mais abrangente que venda online e multiplicação de canais, ela envolve repensar a forma da marca se comunicar, relacionar e servir seus clientes, o desenho organizacional, a cultura da empresa e a evolução de seu modelo de negócios. Empresas como Apple, Sephora, Walmart, Magazine Luiza, Boticário, Reserva e Bob’s compreenderam o desafio.

Conclusão
Parece simples olhar para os gigantes do varejo e sugerir mudanças de cultura e na estrutura organizacional de uma empresa tradicional.

Mas, infelizmente não sou eu e outros autores que estamos dando simples opiniões sobre este assunto, esta é atual realidade do mundo em que vivemos, as tecnologias surgem e a criatividade humana direciona para o que elas serão usadas.

Sendo assim, rapidamente surgem novas maneiras de interação e soluções novas para velhos problemas.

Para o varejo e para qualquer outro setor vai ser um desafio constante, pois não é possível prever nada, não é a tecnologia em si que afeta o negócio, mas sim como os clientes e usuários utilizarão estas tecnologias para o consumo.

Neste cenário o profissional de TI passa a ter cada vez mais importância dentro das empresas de varejo, desde de que tenha competência, as habilidades necessárias e rápida capacidade de adaptação a novas tecnologias.

Eu já dei dicas sobre carreira de TI, sobre as skills necessárias e comentei sobre os recrutadores, mas não fiz isso com objetivo de defender profissionais de TI medianos. Assim como o mercado está sendo implacável com as empresa de varejo, também está sendo com os profissionais de TI que nestas trabalham.

Estamos passando por uma fase de adaptação e um conflito de gerações de profissionais, por enquanto não está sendo fácil ser um profissional de TI, mas o futuro promete.

Ótimo trabalho a todos!

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